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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

I´m back! Balanço de final de ano, promessas e coisa e tal...

Não é porque estive ausente no último mês que deixaria de fazer um último contato no O Bodejar, né, amigas peruettes? Muito aconteceu ao mesmo tempo nesse breve período de silêncio... É que, como dizem os filósofos populares, garrafa cheia não faz barulho... Pois bem, estive cheia de trabalho, de estudo, de alfazeres, de comida, de preocupações... Até que tive um "pitty pac" com direito a abordagem de estranho na rua, emergência cardiológica e tudo mais! O pobre coração não aguentou a carga pesada, minhas amigas!


Pois bem, passado o susto inicial, a bronca da cardiologista, dos amigos do trabalho, do maridão... Aparece-me um exame laboratorial apontando um "leve" excesso na taxa de glicemia, ou seja, estou encaixada no grupo chamado pelos especialistas de "pré-diabéticos". Era só o que me faltava! Dieta forçada bem nas vésperas de mil e uma confraternizações...



É proibido comer...


O que descobri até o momento é que, como diz o über charmoso presidente Obama: Yes, we can! Tô Lady Gagga! Estou hoje há 10 dias sem ingerir açucar, nem massa branca (só integral) e tenho me sentido muito bem, por mais absurdo que isso pareça sob o foco de meus pensamentos gordinhos.

Quem diria que a gordinha animada por sobremesa seria capaz de falar sobre ausência de mimos açucarados sem ataque de mal humor, hein?

Well, matutando aqui com minhas idéias avoadinhas tracei algumas metas para o ano que chega:

1. Cuidar da saúde (em primeiro lugar dessa vez)


2.Comprar menos, mas comprar somente ítens de qualidade. Para o próximo ano, o esquema será "o menos é mais"!



3.Fazer uma poupança



4.Cozinhar mais, comer menos fora de casa.


5.Engravidar, se Deus assim permitir.



6. Estudar sim, mas com parcimônia.


7.Encontrar, de vez, uma atividade física para chamar de minha.

8. Escrever uma vez por semana nesse espaço que é todo nosso.


Aos amigos leitores, um ano novo incrível, que tenham saúde para enfrentar os desafios que hão de aparecer, que cresçam com eles e tenham momentos inesquecíveis...


Um grande abraço, peruettes queridas(os)!

sábado, 6 de novembro de 2010

Socorro! Minha bermuda 42 encolheu!



Tive uma experiência incrivelmente desagradável noite passada. Traumática, complexante (cá estou eu já inventando palavra nova) e, porque não dizer, arrasadora. Tentei vestir uma bermuda jeans de estimação, dessas já surradas, nº 42, suuuuper confortável, normalmente meio folgadinha, e, para minha surpresa, a bermuda encolheu, amigas, não consegui abotoá-la. Pausa dramática. Momento solidário.

Isso não tem nada a ver com a minha prática regular de inatividade física ou com meu super saudável hábito de comprar pão carioquinha bem quentinho e já ir comendo um e meio só no caminho pra casa.

Será que minha bermuda teria ficado deprimida com esse meu hábito de nunca, jamais, dizer não ao apelo de uma sobremesa, ou de qualquer bolinho que apareça na copa da radiologia, ou ao chamado dos hot-dogs da Léia no laboratório... Sim, trabalho em um ambiente “deveras” socializado e, como ser social que sou, participo ativamente das atividades gastronômicas dos setores em que atuo... Uma bermuda que se preze deveria entender isso, não?

Talvez o fato de eu,literalmente, empurrar a dieta com a barriga tenha influenciado o astral de minha tão querida peça, já cansada, coitada, de tentar abarcar os centímetros a mais que, “do nada” , iam surgindo naquela região onde um dia houve uma cintura.

O fato é que quase semanalmente decido mudar radicalmente meu estilo de vida. Amanheço animadíssima contando pontos e me programando para fazer caminhada ou natação ou pilates, ou seja lá o que for; até que chega o fim do dia e aparece alguma coisa muuuuuito importante que me impede de fazer a tal atividade física.

A dieta continua bombando no dia seguinte, e no outro, até que chega o final de semana, os pontos flex são elevados ao cubo e eu fico mentalizando uma raiz quadrada, nove esfora 0 ponto, rezando pra perder uns graminhas milagrosamente da noite do domingo para a manhã de segunda-feira. É muita pressão para uma pobre bermuda, minhas amigas!

Talvez todos aqueles questionamentos sobre a possibilidade de eu estar grávida, em função do abdome avantajado, já fosse algum sinal do problema que enfrentava a minha bermuda. Será? Se bem me lembro, a pobre peça foi ficando cada vez mais apertada.

A triste realidade, peruettes queridas, é que preciso potencializar todo meu querer a fim de adequar minha roliça silhueta ao meu jeans 42, por respeito à tradição e aos bons costumes. Recuso-me a vender meu coração a uma hypada boyfriend 44. Jamais!!! Todo meu respeito ao carioquinha com manteiga que comi no café da manhã e ao picolé de morango da sobremesa. Minha bermuda 42 folgadinha vale muito mais!


Momento vida real:

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ctrl C+ Ctrl V para o verão: tendências européias


Na vida, e na moda, nada se cria, tudo se copia... Pois bem, a história tem mostrado, e  nossa experiência comprovado, que os hits em tendências de moda têm sido vistos, na maioria das vezes, nos desfiles europeus. Nós, brasileiras e, no meu caso, cearense de cabeça chata, com muito orgulho, não ficamos imunes às tendências do velho mundo. Desde os tempos da belle epóque, temos copiado modelitos europeus com tudo o que se tem direito (corsets, franjas, blazers, pérolas... e por aí vai...)

            Atualmente, estamos empolgadas com looks a la lady like, rosadinhos, rendadinhos, florais... e... alguém aí já comprou um par de clogs como sugeriu Largenfeld em sua proposta de verão 2010? Kkkkkkk...

            Assim sendo, peruettes, pesquisamos por aqui e anexamos tendências que fizeram as cabeças, troncos e membros das hypadas européias, para que você possa copiar, colar, bem lembrando daqueles tempos de provas escolares,  e adequá-las ao seu estilo singular. Au revoir!


Fonte: Revista do Correio (com adaptações e comentários abobalhados de Ana Cláudia


O ton: marrom caramelo



Não! Não vamos sair por aí vestidas de couro da cabeça aos pes, mas, já que a  cor do verão europeu, que até se esticou para o inverno, foi a caramelo, podemos muito bem investir em sandálias, sapatilhas, scarpins e bolsas nesse ton, não? Um marronzinho assim quase bege.


Foi visto em casacos, calças, bolsas e sapatos. A coloração apareceu a princípio no badalado desfile da marca francesa Céline. Cintos ganharam o ton e esbanjaram charme com um nózinho amarrado na ponta.

Camiseta marinheiro: se Coco Chanel copiou, porque não podemos nós copiá-la?


Karl Largenfeld, o todo poderoso estilista da Chanel, ressuscitou as camisas marinheiro na coleção Resort 2010 da marca. Elas fizeram tanto sucesso que foram lançadas em algodão, seda e, no fim dos dias mais quentes, em materiais baratos por todas as marcas europeias. O design da camisa, no entanto, é antigo. A própria estilista Madame Coco Chanel, quando morou no litoral francês, durante a Primeira Guerra Mundial, copiou o modelo dos marinheiros que viviam pela região. Rapidamente, a mulherada da região aderiu à proposta

Vestidinho acinturado

Hora de deixar os bandage dresses e rocker stile de lado. Os vestidos vieram com estampas florais, laços e babados e rendas. Bem mulherzinha mesmo. O vestido de cintura marcada dominou a estação, com saia rodada, no melhor estilo anos 1950. Você poderá incrementá-los com cintos ou maxi-colares.


Ray Ban do tempo do bumba

Primeiro ressucitaram o modelo Aviador, depois o Wayfarer. Agora, acompanhando a tendência anos 1950, o Clubmaster é o novo must have da Ray-Ban, já encontrado nos looks de várias chics e famosas.  

A velha Bossa Nova e a música brasileira

Música brasileira, dizem as línguas viajadas, é só tem  rolado em grandes lojas européias, como sinônimo de  sofisticação e bom gosto.  A cantora mais famosa internacionalmente é Bebel Gilberto, filha de João Gilberto, radicada no exterior já há algumas décadas. Outra figurinha carimbada é o carioca Seu Jorge, que, representando o samba, tem feito o maior sucesso nas terras estrangeiras.

Quem pode, IPad

O gadget mais aguardado do verão foi o iPad da Apple. Lançado em janeiro, só começou a ser vendido nos Estados Unidos em abril. Internacionalmente, só iniciou a distribuição no fim de maio. O aparelho é útil para baixar as revistas mais exclusivas do mundo, além de colocar à disposição um número infinito de livros publicados no mundo inteiro. Já prevendo o sucesso, marcas como Gucci lançaram cases para carregá-lo com estilo. Não há fashionista na Europa que ande com o seu debaixo do braço. Infelizmente, ainda não foi divulgada a data de lançamento no Brasil. Há boatos que até dezembro, no alto verão, ele chegue por aqui. Enquanto isso, só dá para adquiri-lo quem viaja para fora.  E eu, pra não fugir a regra, tô doidinha por um!!!

Calça cenoura (pra quem tem corpo de coelhinha)

Desde 2008, a calça cenoura, que fez sucesso nos anos 1980, começou a aparecer nas passarelas. Mas 2010 foi o ano delas. Elas estavam por todo lado na Europa. Modelos mais curtos e de materiais leves, como sarja, eram vendidos nas lojas de fast fashion. A onda era usá-las com a barra dobrada e em cores sóbrias: marrom, cáqui, azul marinho e verde musgo. As peruas européias combinavam-nas com sandálias gladiadoras ou ankle boots de salto altíssimo. Para o inverno, as marcas lançaram modelos em veludo cotelê e tons mais escuros. Não cai bem em todos os biótipos, hein! No meu caso, por exemplo, nesse padrão gorducha com o básico buchinho, é bom passar longe desse tipo de modelagem.

Camisa de seda


O verão europeu trouxe um novo uniforme para as mulheres: short jeans curtinho combinado com camisa de seda. Os shorts são de preferência cortados de calças antigas, com as pontas dos bolsos aparecendo. Esse mesmo  que que vc pagou coisa de três dígitos e que parece que foi cortado assim pelo seu sobrinho mais novo...rasgadinho e desfiado. 

Já as camisas aparecem bem soltinhas e de manga comprida. As cores das peças são bem claras: beges, verdes e marrons. Mas vale ousar em peças coloridas e alegres, afinal, no Brasil, temos verão, bendizer, o ano inteiro! Nos pés, sandálias baixas e pesadas, espadrilhas ou sapatilhas fofas. 


Oversized



A temporada teve proporções contrárias: enquanto a parte de baixo era justinha, a de cima era exageradamente solta. Assim, as camisetas brancas grandes caíram no gosto das europeias. As peruas têm combinado suas camiseatas largas com leggings de estampas românticas, short de diferentes tecidos e saias rodadas. Apesar do domínio das brancas , as camisas estampadas com frases pops e com simbolos de bandas também são suuuuuper cool. É só jogá-las por cima da calça ou arrumá-las passadinhas por dentro.Trés chic!

sábado, 16 de outubro de 2010

A caça ao par perfeito... (de sapatos)

   Poucas coisas mexem tanto com as mulheres quanto sapatos. Sim, temos preocupações reais: marido, carreira, filhos. A lista, na verdade, é bem longa. Mas o fato é, que para se equilibrar e dar conta de tudo isso, precisamos estar bem apoiadas, não? Pronto, acabamos de arranjar uma desculpa psicológica para comprarmos um par novo!Você pode até discutir com a sua terapeuta essa possibilidade ou usá-la como desculpa quando alguém recriminá-la por adquirir um novo par de rasteirinhas verde água.

   Depois de passar a semana toda sobre saltos de Picadilly (“no glam at all”)  temos todo o direito de arejar os pezinhos, não? Jogamo-nos em nossas lojas preferidas em busca de um kit bááásico a fim de ter em casa todos aqueles queridinhos que nos fazem felizes: rasteirinhas, sapatilhas, tênis, sandálias de salto alto e até um tal de “clog”. Os clogs, bons e velhos tamancos, na tradução literal, voltaram ao topo da moda depois do verão 2010 da Chanel. Por algum motivo, ainda desconhecido, Karl Lagerfeld importou o clima de sua fazenda para a cidade. E a mulherada européia aderiu. Tem quem ache brega, tem quem ache feio. Eu, confesso, que acho até bonitinho, mas, quem consegue andar naquilo? É impossível dirigir com eles, é impossível correr com eles, nem caminhar rápido é possível, acredito. Às peruettes que sustentam o usos de clogs, todo o mérito!




   Em tese, deveríamos estar satisfeitas com nossas aquisições, afinal, como afirmam nossos companheiros, são pares e mais pares. O problema, amigas, é que nenhum deles resistiu ao teste das muitas pisadas. Com exceção, é claro, dos tênis, das havaianas e do esquisito par de Crocs (nesse último caso, tenho abdicado da estética em favor do conforto, principalmente em viagens, quando não há quem me conheça pra reparar... kkkkk). Quanto aos tênis, bem, por mais que tente, não dá pra ser hype como Michele Obama, nem pousar de gatinha 13 anos saindo por aí de vestidinho e Nike.
   Clique aqui com o botão direito do mouse para baixar imagens. Para ajudar a proteger sua privacidade, o Outlook impediu o download automático desta imagem da Internet.
E as sandálias de salto agulha? São liiiindas, femininas e estão mais na moda do que nunca (kitten heels voltaram com tudo, peruettes!), sem falar das famosas red soles. Conselho: só use se você for sair do carro direto para um sofá ou cadeira. A não ser que você seja realmente guerreira. Em uma simples noite em pé sobre heels , só conseguia lembrar de Carrie Bradshaw: ou ela é masoquista ou meus pés têm um sério problema de sensibilidade aguda.






   Mesmo as amadas sapatilhas (essas sim, tem lugar de honra em meu closet) têm seu prós e contras. Os prós: clima de anos 1960, charme, conforto, inúmeras outras razões. Contras: como não têm nada de salto, são completamente retas, também acabam cansando. Os ortopedistas por aí não me deixam mentir. 





P.S.: A Via mia, marca de sapatos e acessórios, inaugurou uma loja no Jardins Open Mall. A marca traz verdadeiros mimos a preços justos, além de esmaltes com todas essas cores estravagantes do verão. Vale à pena conferir.

Ya no tengo más lágrimas... A lição de estilo dos mineiros do Chile.

“Ya no tengo más lágrimas...”  para chorar com o resgate desses mineiros, uai! Ainda bem que terminou, minhas amigas! Graças a Deus saíram todos bem... E que bom que a exibição ao vivo durou somente 24h, porque já não tinha mais lágrimas para chorar...

Tudo bem que eu tenho um choro fácil, mas foi emoção demais para um coraçãozinho despreparado como o meu. Como se já não bastasse eu chorar quando fico de mal do meu marido, por saudades do meu pai, em todo filme emocionante que assisto, ou quando escuto Vinicius de Moraes ou Cranberries, ou Betania.... Ou quando vejo um bom comercial, ou recebo um e-mail desses fofos com crianças ou bichos fofinhos... Choro, choro, choro...

Chorei desde que se iniciou esse resgate no Chile. Ah, se chorar emagrecesse!!! Kkkkkk... Porque estou assim, amigas peruettes, uma coisa “moda minas”...

Aqueles homens, ao contrário do que se esperava, surgiram assim como super-heróis, em uma cápsula supersônica; com seus másculos macacões verdes e sobreposição de uma liiiiiiinda camiseta nude (que, cá entre nós, agora está no topo de minha wish list agora) estampada com uma bandeira do Chile estilizada exibindo a exaltação:” !Gracias Señor!” em sua parte superior. Na posterior, estampava o versículo 4 do salmo 95: "Porque en su mano están las profundidades de la tierra. Las alturas de los montes son suyas. El Señor es honor y gloria."

Como acessórios, usavam capacetes customizados com nomes de familiares, datas e orações; “oclões” estilosos e cinto de segurança.

O make trazia barbas bem feitas ou cavagnaques bem desenhados; sorriso estampado, saudade, animação, sede de vida, orgulho, força. Essa foi uma coleção que trouxe uma estética inédita e valiosa, emocionando tanto o público presente como os milhares de espectadores do planeta que acompanhavam o show ao vivo. A mega produção do Victória´s Secret Fashion Show seria um nada se comparada ao impacto do show de resgate chileno.








O que se espera é que as tendências lançadas esta semana no Chile fiquem em voga por todas as vindouras estações. Que o companheirismo, a coragem, a tolerância e a fé nos façam resistir unidos, e que possamos emergir das profundezas de nossa imaturidade emocional no melhor estilo “moda minas”: com um look estiloso, confiança em Deus, sorriso no rosto, vontade de viver e muito, muito amor pra dar... ! Gracias, Señor!

Momento consumo descontrol: quem souber como faço para comprar uma camiseta semelhante à dos mineiros me avisa, pleeeeease!!! Tenho muito a agradecer e aquela camiseta diz só tudo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pêlo sim, pêlo não...

  Ansiosos para agradar a mulherada (ou a rapaziada), rapazes moderninhos aderem à depilação para eliminar a barba e os cabelos do peitoral, das costas...  e todo aquele charme “macho man” que tanto atrai as peruettes.

   “ Que diferença da mulher o homem tem? Espera aí que eu vou dizer meu bem: é que o homem tem cabelo no queixo, tem o peito cabeludo e a mulher não tem...”
Ou não tinha.

   Venho do tempo em que depilação era coisa de menina e era feita com cera caseira de açúcar com limão. É amigas, o tempo passa. Hoje contamos com depilação química, a lazer, luz pulsada... e muitos os rapazes nas filas de espera.  Não bancando a conservadora, tentando valorizando os costumes, cá entre nós, nada mais charmoso que uma barba “crescendinho”  e peito cabeludo ao natural.

   O pós-modernismo trouxe, juntamente com a revolução tecnológica, uma onda de liberalismo estético-sexual. Longe de mim, julgar o gosto dos vanguardistas, afinal, opinião é como escova de dente, cada um tem a sua, não?

   Bem, naquela época, o artigo mais fashion que os jovens mancebos exibiriam seria um tênis Redley bicolor ou uma bermuda cotelê da Company. Sim! Os meninos faziam a barba, com gilete (daquela azul), usavam shampu e perfume. Ponto final.

   Hoje, em tempos de Justin Bibber e Fiuk, no clube do bolinha, é possível encontrarmos chapinha,  camisetas decotadas, bijoux, e não, não estou me referindo à tribo dos Emos. Uma amiga minha, certo dia aproveitou uma feriadão e foi para uma pousadinha na praia com um novo namorado. Pois bem, acordou com um barulho estranho e, quando foi ver, o bofe estava fazendo escova no banheiro... Kkkkk

   É claro que os homens devem se cuidar, isso nem vou discutir. É que na minha mente pequenina e antiquada existe um limite estabelecido para esse embonecamento: a perua aqui sou eu! E olha que casei com um metrosexual, hein?  Ergo então aqui meu manifesto: pela valorização da masculinidade (adooooro), pelas barbas crescendinho, pelas pernas cabeludas e pelas pegadas de com força. Porque se eu gostasse de bicho bonitinho, cheirosinho e delicadinho, teria casado com o Coelhinho da Páscoa.

Sonho dourado

A idéia felicidade absoluta e eterna me parece abstrata, irreal, ingênua até, mas os momentos felizes, esses sim, são concretos, claros e incontestáveis. Tive um momento desses esta semana.

Meu marido vendeu seu carro recentemente, e, por esse motivo, estamos dividindo o uso do meu. Desde então, um dia sim e outro também, tenho ficado a pé e, graças à bondade dos colegas, tenho sempre conseguido voltar de carona (e, de quebra, embolsado a verba que o maridão gentilmente me dá para pegar táxi, caso não tenha como voltar par casa. Adoooro!).

Pois bem, o transportador amigo, o gente boa demais Cristiano, sempre me dá carona até a Avenida Dom Luís, ali, pertinho do Montmartre, e tenho voltado para casa meio que passeando, olhando as vitrines, como se em menos de uma hora e meia eu não tivesse que sair correndo pra faculdade. Esse é um momento meu, seja para passar na padaria e pegar um pãozinho quentinho, ou mesmo para olhar as vitrines e observar as bem abastadas peruas em suas habituais tardes de compras. Essa é uma caminhadinha que me faz um bem danado...

Ía eu, então, caminhando, sentindo o ventinho do anoitecer entre os dedinhos dos pés, quando me deparei com a vitrine de uma loja de sapatos (para as curiosas, sapato-psico-maníacas, a loja era a tal AP Acessórios) e vi uma fofa sandália dourada, rasteirinha, com pedras azuis. “Uma graça”, pensei. E continuei passeando meu olhar pela vitrine até que a vi um outro lindo par, dourado, com um saltinho de não mais de 2 cm,com tirinhas trançadinhas, parecido com um que tive por volta dos 5 anos de idade. Momento déja vu. Aquele par de sandálias me olhou , como se me reconhecesse, e falou em tom imperativo:

- Entre, a-go-ra! Isso mesmo, boa menina, abra a porta e pergunte se tem 37.

Assim eu fiz.

Enquanto a vendedora sumiu a procura do par, dei aquela olhadela básica nas prateleiras... Peguei numa sapatilha assim, toda tressê colorida, muito bonitinha, mas sem valou algum frente ao poderoso par dourado... A espera já durava eternos 4 ou 5 minutos quando a simpática moça o trouxe. Toquei, olhei de perto, suspirei, teci um comentário com a vendedora, e com mais umas duas clientes que estavam por perto, dando o devido mérito àquele belo objeto. Nem cheguei a observar se houve resposta por parte das pessoas que por lá estavam, tamanho o meu fascínio. Coloquei nos pés e êxtase! Além de liiiiindas, as sandálias eram surpreendentemente confortáveis, elas abraçavam meus pés, adornando-os. Ôôôôô...

Aquele par de sandálias não questionou meu peso ou a minha circunferência abdominal, ele simplesmente me aceitou, assim como sou, e me falou com propriedade de quem já me possuía:

- Tire o cartão da bolsa e seja minha dona. Agora!

Obedeci. E saí toda abobalhada caminhando para casa, com olhinhos felizes e uma sacolinha valiosa nas mãos. Pura felicidade... Desde então, de vez em quando, dou uma olhadinha no meu par de sandálias douradas, lindas a meu ver, elas podem até não ter me transformado na Cinderela, mas certamente fizeram de mim uma feliz gata borralheira.

Política fashion

    Olhando de longe, a união política e moda talvez não formem um casamento perfeito, se é que isso existe, mas chegando um pouco mais perto, verificamos que, no destrinchar da história, moda e poder têm formado grandes afairs de sucesso. Imagem pode até não ser tudo, mas quem de nós escolheria a maçã amassadinha dentre outras mais apetitosas?

   Escolher representantes para o governo, exercício de poder atribuído a cada um de nós pela Carta Magna, pode não ser considerado importante decisão a tomar, já que nem sempre nos damos conta de que essa é a nossa vez de tentar acertar, e acabamos por nos deixar levar pelo show de campanhas políticas milionárias  e pelos “extreme make overs” dos candidatos e candidatas. Sim, um upgrade no visual é uma importante ferramenta dos muito bem pagos marketeiros para conquistar nossas opiniões e votos. Duvida?

   Nosso super pop presidente em exercício, Lula “o cara” da Silva, se bem lembrarmos, pelejou, pelejou candidatando-se à presidência sem êxito, até que uma ou um conjunto de mentes brilhantes decidiu dar uma aprumada no visual e no discurso inflamado do rapaz. Nada que uma domada nas madeixas, alguns terninhos Ricardo Almeida aliados a uma campanha simpatissíssima, com tempero baiano de Duda Mendonça, não resolvessem.

   Sua provável sucessora, companheira Dilma, passou por semelhante, talvez mais avançada, transformação, o que certamente facilitou a sua chegada ao topo das pesquisas. Sim, peruettes, estamos falando de figurinos de Alexandre Herchcovitch (é assim mesmo a grafia?) e make de Celso Kamura, o queridinho das artistas. Como bem diz minha amiga Chris, assim até eu ganho eleição! Kkkk

   Até mesmo a super natural  presidenciável Marina tem tido maior cuidado ao expor sua esbelta figura em campanha. Essa semana mesmo vi na TV um comentário da ex-ministra dizendo que estava usando maquiagem anti-alérgica que finalmente teria conseguido adquirir(juntamente com o apoio do presidente da Natura a sua campanha). Ou seja, mesmo a turma hippie-chic-natureba têm-se embonecado em busca do poder.

   O que explica o fato de tudo o que a primeira dama Michele Obama usa em publico se torna trenddy na América? Sim, a perua tem personal stilist dos bons e virou It girl já na campanha eleitoral do guapíssimo Obama. Ah, querem saber um dos “Top Five most well dressed couple in the World”? Presidente Sarcozi e sua über chic esposa Carla Bruni.

   Como seria a imagem dos Kennedys sem o apeal de Jakie Kennedy ou a da família real inglesa sem o estilo de Diana? Que atire o primeiro salto Anabela quem não concordar que a Sra. Dilma, embalada para presente, como tem aparecido ultimamente, não nos passa muito mais credibilidade que antes.

   Importante, tanto nesse período eleitoral como ao acompanhar o desenrolar político em nosso país, amadas amigas, é não fechar os olhos para os looks encrementados das candidatas e primeiras damas, afinal podemos absorver dicas valiosas daí, mas buscarmos e elegermos candidatos que representem nossas aspirações para o futuro coletivo, e, não peruettes, não me refiro a bolsa Hermés igualzinha à da Dilma pra todas as mulheres! Se bem que um programa tipo “Bolsa Hermés para todas as peruettes” seria uma boa, não?! Kkkkk

domingo, 10 de outubro de 2010

Especial Dia das Crianças: o efeito Chuquinha.

   Era sempre assim: em véspera de dia da criança ou natal já começavamos, meu irmão e eu, a doutrinar nossos pais em direção ao brinquedo esperado por nós,"não esqueça a minha caloi" ou coisa do tipo. Doutrinação essa que quase sempre saía pela culatra, já que mamãe parecia indoutrinável.

   No meu caso, o pedido sempre circulava em torno de qualquer modelo de Barbie, o problema é que mãmãe, sabe-se lá por que, decidiu, contra todas as minhas manifestações, que eu deveria fazer uma coleção da Chuquinha (uma bonequinha de seus 12 cm de altura, barriguda, careca, com um tufinho de cabelo, que só brincava, comia e dormia). Mamãe achava que a coleção da tal Chuquinha ficaria liiiiiinda na estante do meu quarto.





   Assim acontecia: eu pedia a Barbie Sonho de verão e ganhava a Chuquinha escorregador, pedia a Barbie Wind Surf e ganhava a chuquinha com um banheirinha rosa... E como criança gosta mesmo é de brinquedo, eu adotava cada chuquinha e cuidava de cada uma sem preconceitos.

   Nessa época, já com uma quase completa coleção de Chuquinhas gorduchas e carecas (sim, porque elas eram todas iguais), começei a costurar. Mamãe, como boa parte das peruas da década de 80, fazia altos crediários no Esplanada e mandava fazer seus modelitos por uma costureira conhecida.


    Passávamos horas na casa de Beá (a costureira de mamaãe), lembro que jantava e até cochilava esperando mamãe decidir seus looks nas revistas. Comecei, então, a juntar retalhos por ali e a fazer as mais fofas roupinhas de boneca, seguindo as tendências "incríveis" da década ( no melhor stile New Wave).

   Mas havia um pequeno problema, por mais "tchan" que fosse o medelito, nada ficava bem no corpinho roliço da Chuquinha. Um tomara-que-caia jeans (de tecido que sobrou de uma barra do jeans de papai) com uma fenda suuuuper sexy na perna, meio drapeado do lado, por mais avant gard que fosse, ficava horroroso no corpo da baixinha. Mesmo frustrada com o caimento, nunca desisti, continuei costurando roupinhas para minha coleção de bonequinhas gordinhas, minhas modelos over size.
  
   Certa vez pedi de presente uma cabeça da Barbie (uma cabeça  tamanho real que vinha com altos acsessórios para frizar e arrumar cabelo, era assim a cara da Grazi Massafera), meu Deus, aquela cabeça da Barbie era tuuuudo! Ganhei um conjuntinho de liquidificador e forninho elétrico que funcionavam de verdade. Deve ser por isso que tenho uma certa fobia com realação a tudo que diz respeito à cozinha.


    Não sei bem qual era o problema de mamãe com a Barbie, talvez, muito sabiamente, ela não quisesse que sua pequena se iludisse com um mundo cor de rosa, magro, de pessoas lindas, ricas... um mundo de alto glamour. O fato é que nunca ganhei uma Barbie até completar 26 anos quando meu então noivo, hoje marido, presenteou-me com uma Barbie Fashion. Meu Bob na vida real me deu uma Barbie!Um fofo!

   Ao ganhar minha Barbie percebi que meu perfil e estilo de vida estavam muito mais para "Chuquinha cresceu e continua gordinha e simpática" do que para Barbie continua gata como sempre. Meus amigos sempre riem dessa estória, quando digo que não consigo emagrecer porque tenho síndrome de chuquinha crescida.

  Hoje, em véspera do Dia das crianças, amigas peruettes, minha sugestão é que, ao presentear, não ignorem os pedidos de seus pequeninos , mas procurem brinquedos com uma boa mensagem por trás. Uma Barbie pode ser puro glamour, mas pode também trazer valores destorcidos. Por favor, nada de chuquinhas , armas ou bonecos violentos, hein!

   Aos meus pequenos do coração, um feliz dia das crianças! Cada um de vocês trás muuuuita alegria pra vida da titia. ( Eduardo, João Pedro, Bruna, Igor, Vitor, Théo, Stelinha,Bibi... ).

Bjos,

sábado, 9 de outubro de 2010

Pronto, virei bloggeira, criou-se um monstro!

Para quem não me conhece, falo pelos cotovelos. Meu marido, coitado, já criou diversos mecanismos para se abstrair e conseguir conviver com uma matraca dentro de casa: aproveita o "tarde da noite" para conseguir trabalhar ou ler seus emails,  "atraca-se" com  jornal, revista, livro ou o primeiro impresso que tiver pela frente para fugir de fofocas, e, mais recentemente, virou fã de música erudita. kkkkkkk... Confesso, falar da vida dos outros e contar estórias por mim vividas concorrendo com Pavarotti, às alturas, é realmente complicado.

   Pois bem, resolvi então escrever uma coluna diária e enviá-las às amigas e, de quebra, às amigas das amigas(sim, essas também foram vitimizadas, que maldade!), falando sobre os mais diversos aspectos e valores do meu viver: roupas, sapatos, cabelos, maquiagem, homens, dieta, política e até sobre atividades físicas (não tão presentes assim).

   Pois num é que a mulherada parece que gostou do tagarelar digital! Mulher é um bicho que gosta mesmo de sofrer, né? Eu adooooro!

   Assim sendo, amigas, seguindo as sugestões de minhas amadas e estilosas leitoras (e leitores), resolvi tentar superar meu bloqueio em relação a tudo o que envolve tecnologia (sou uma espécie de analfabeta instrumental tecnológica), e criar um blog. Menina, parece que deu certo! Bem, se você está lendo esse post agora (é assim que chama o textinho que a gente bota em blog, né?), é porque eu consegui criar o tal blog! Uuuuuuhuuuu!!!

   Se eu conseguir anexar aqui as colunas já escritas e compartilhadas por e-mail, em breve, você encontrará aqui vários textinhos atrapalhados para preencher seu precioso tempinho ocioso. Quem souber como fazer isso poderia, por gentileza, me ajudar?

Bjossss,

Até a próxima, peruettes!